segunda-feira, 21 de março de 2011

"Algo que você não consegue entender" - Dimiclei pt.1

   - Fala aí, rapazeada! - Saudou, Dimiclei, ao avistar a turma.
- Qual é, Dimi?! - Retribuiu Cleisson, seu melhor amigo.
- Neguinho, hoje eu to na fissura! Bora esculhachar? - Dimi tentava o amigo.
- Hoje não dá, Dimi. Promete pra Jóice. - Lamentou Cleisson
- Ah, qual é, mano? Tá de paumolecência pra mim, é? Puta que pariu! - Intimidou. A turma se olhou e depois olhou para os dois. Alisson fumava um baseado e ria de tudo.
- Que paumolecência o que, seu manézão?! Sou sujeito homem!
- Então mostra que é e vamo esculachá!
- Não tenho que te provar merda nenhuma. E outra, já provo! Tenho mulher e filho. E tu, só a boceta portátil, ô punheteiro. - Cleisson fazia um gesto subindo e descendo com o punho cerrado. A turma caiu na gargalhada.
- Tá de sacanagem com a minha cara, seu cuzão?! - Dimi tirou o revolver calibre .38 da cintura e apontou para Cleisson. A turma abriu um semi-circulo na volta dos dois.
- Qual é, Dimi?! Tá maluco?! Tira essa merda da minha cara! - Tentava intimidar o Dimi, mas estava morrendo de medo.
Alisson, achando graça da situação, pegou a arma de Dimi pelo cano e puxou para fora da mira de Cleisson. Dimi, ainda fora de si, nem hesitou, atirou na perna de Alisson, que caiu no chão gritando de dor.
- Tá maluco, filho da puta?! - Flaviano empurrou Dimi. Flaviano dava medo até em um homem armado. Tinha mais de um metro e oitenta de altura e era cavalamente forte. Muito forte. - Vaza daqui, senão eu quebro essa tua cara, seu pau no cu!
Dimi vacilou. Recuou dois passos e baixou a arma. Os amigos acudiam o ferido. Dimi botou largou a arma no chão.
- Ah, meu irmãozinho! Foi mal, maluco! Foi mal! - Dimi se aproximou.
- Some daqui! Seu merda! Fodido! - Flaviano berrou.
Dimi recuou. Pegou sua arma e saiu.

(Continua)

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