sábado, 20 de outubro de 2012

Epílogo


            Passei o dia pensando naquela guria. Mas que diabos!
            A falta de uma boa foda está começando a afetar a minha cabeça. Já tentei de tudo. Até joguei um balde d’água, que eu reservava para beber, por cima da minha cabeça. Soquei duas punhetas e ela simplesmente não sai da minha cabeça.
            Ela está ali, atirada no meio do corredor... Estava usando um lindo pijaminha branco e comprido. Calça e blusa. Com ursinhos amarelos e fofinhos espalhados por toda a roupa. Claro que, depois do estrago, ficou todo empapado de sangue.
            Estranhamente, o rosto dela está intacto. Claro... Teve uma certa decomposição, mas não houve ataque ali. Seu pescoço está dilacerado, mas o corpo está bastante inteiro.
            E que corpo, meu Deus! Exatamente o meu tipo. Cabelos castanhos e ondulados. Mas aquele ondulado elegante, como se ela recém tivesse saído do cabeleireiro. Seios durinhos e empinados. Magrinha... Ai meu Deus...
            Já sei, vou tocar um pouco do violão que eu encontrei aqui. Não faço ideia de como tocar, mas isso vai me distrair, com certeza.

            Bem, se passaram duas horas desde que eu comecei a tocar o violão e simplesmente não consegui fazer nada que preste. Resolvi, então, vasculhar a casa por algum trago e, o que eu encontro? Um Black Label pela metade! Será o meu companheiro pelo resto da noite, ou até eu acabar com essa garrafa.
            Uns amigos que eu tinha, que sabiam tocar instrumentos, diziam que quando você está bêbado, você toca bem melhor. Será que eu consigo virar um Zakk Wylde?

            O barulho atrai os monstros.
Será que vão escutar o violão e vir até aqui? 

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